quarta-feira, 11 de outubro de 2017

E AGORA, ALGO DE COMPLETAMENTE DIFERENTE (MANIFESTO HOLOSISTA)

E agora, algo de completamente diferente...


MANIFESTO HOLOSISTA

Nós, almas criadoras, artesão da grandeza e da beleza que habita no silêncio do Universo, reivindicamos, enquanto seres universais e alquimistas da palavra, da arte e do saber, o direito à transcendência da palavra, da arte e do homem, enquanto corpo, mente e espírito, em nome de uma vontade que ultrapassa a razão de onde viemos, quem somos e para onde vamos.

Imbuídos nesse espírito inconformado e aventureiro, pretendemos apresentar uma alternativa ao desalento e ao desencantamento pelo novo, ao fragmento do texto narrativo pela memória, ao acaso fútil e circunstancial, à melancolia existencial, ao recolhimento intimista permanente e diferido pelo sentimento de perda, à errância sem sentido na linguagem, à indiferença estóica das pessoas e das coisas, reduzidas a meras imagens e estatísticas, estéreis de libido e clorofila, ao sarcasmo ácido e corrosivo do quotidiano sem sentido e ao desencontro e ruína de um mundo crepuscular, enfatizada por uma ideia de fuga para um infinito sem bússola, baseado numa aliança entre o Homem, o Espírito e o Universo com a Natureza: o Holosismo.

O Holosismo é a oportunidade para a resposta a todos aqueles que acreditam no futuro, Aqui e Agora; no amanhã numa folha virgem, numa tela por pintar, num palco à espera de magia, numa pedra por esculpir.

O Holosismo é um êxtase de neologismos sem clichês; consciência cósmica de todas as remembranças, espontaneidade quântica a todos os tratados e regras da arte; hermenêuticas sem parábolas nem teoremas; ponto ómega de tudo o nasceu, vive e está para renascer.

Nesse sentido, o Holosismo pretende a verdadeira afirmação da arte e do seu sentido pela exposição da sua transcendência sem limites. É holocêntrico por qualidade e holonómico no devir. Em vez de um espectáculo de pirotecnia simbólica e gráfica, apresentamos uma sinfonia de koans, haikus, tankas e cores vivas; primaveras constantes de epifanías e mundos paralelos, o paranormal, o astral, a escatologia, o xamanismo e todos os fenómenos e linguagens ignorados pela indiferença do quotidiano e do pensamento contemporâneo, pós-moderno e cosmopolita.

O Holosismo não é uma ilusão provocada pela longa comoção desregrada dos sentidos, mas o ponto de encontro de todas as visões intuitivas e experiências proféticas, iniciáticas e reveladoras do mundo que brotou da aliança da natureza, do espírito com o Universo. Somos a palavra sem sentido no absurdo do Real; silêncio mastigado por páginas em branco, bordadas por sete incêndios encarcerados no coluna vertebral de livros sem horas; mãos sinestésicas em transe, lavrando e burilando o verão das origens sobre o branco da realidade; moradas que murmuram os segredos da poesia; a clarividente contingência das metáforas; a panaceia universal do Cosmos através da Arte.

Holosistas de todo o mundo e de todas as dimensões! Despertem para o amanhã que se levanta hoje, Aqui e Agora, e transcende em amor puro as teias que o ego tece da hesychia do Homem para vos receber de alma, coração e braços abertos. A palavra tem alma! A Arte tem alma! É uma criança que grita da miséria e decadência a que o velho mundo se deixou condenar e se exalta e ri da beleza sem rosto, da harmonia no caos, da natureza sem artifícios, que é a vanguarda e o espírito dos tempos, sem tempo, que nos esperam.

TIAGO DE VASCONCELOS E MOITA

EDMUNDO LUÍS RIBEIRO DA SILVA

São João da Madeira, 2 de Março de 2013.

CRÉDITOS DO VÍDEO "MANIFESTO HOLOSISTA"

Leitura e locução: Marco Oliveira e Tiago Moita

Sonoplastia: Vasco Macieira

Canção: "Prélude à L'Après-midi d'un faune", Claude Debussy 

Produção e edição do vídeo: Sérgio Martins


Para mais informações a respeito do Movimento Holosista, contacte-nos para:

movimentoholosista@gmail.com 

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