sexta-feira, 9 de novembro de 2007

RICHARD ZIMLER EM S.JOÃO DA MADEIRA

S. João da Madeira volta a estar no mapa das grandes digressões mundiais de grandes escritores. Hoje, será a vez da estreia de RICHARD ZIMLER - escritor norte-americano, naturalizado português, em terras sanjoanenses.
Esta sua vinda encontra-se inserida numa digressão que o autor está a efectuar por todo o país, com vista a promover a sua mais recente obra, A SÉTIMA PORTA.
A sessão de apresentação decorrerá hoje, sexta-feira, dia 9 de Novembro, a partir das 21H45 na LIVRARIA ENTRELINHAS (R. João de Deus, 167) em S. JOÃO DA MADEIRA.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

UM OLHAR NO PASSADO: O FILO-CAFÉ DE S. JOÃO DA MADEIRA

Na mui famosa rubrica de regresso ao passado deste (nada) famoso blog, debruçamos-nos sobre o Filo-Café "POESIA E MULHERES, TODOS AOS SEUS TALHERES" - O primeiro Filo-Café realizado em S. João da Madeira, a 16 de Março de 2006, sexta-feira, pelas 22H30.

Aqui ficam algumas fotos do evento...



Antes do Evento, uma amena cavaqueira...



Alberto Augusto Miranda dando início ao Filo-Café



Alexandre Teixeira Mendes intervindo com uma pequena
explanação sobre o tema do Filo-Café



Jorge Neves intervindo no Filo-Café


Jorge Velhote intervindo no Filo-Café



Teixeira Moita (Live at Filo-Café de S. João
da Madeira)



Alexandre Teixeira Mendes, Salviano Pinto (José Efe),
Jorge Neves entre amigos



Uma sanjoanense intervindo no Filo-Café



Filipa Aranda dando inicio à sua performance



Tiago Moita exprimindo a sua opinião sobre a performance
de Filipa Aranda



Jorge Neves exprimindo a sua opinião sobre a performance
de Filipa Aranda



Sónia Alves dando declamando um poema no Filo-Café



Raquel Estrada intervindo no Filo-Café



Daniela



Maria João Mira



Manuel Guimarães (Um pianista excepcional)



Amílcar Mendes e a estória da Nêspera (Mário Henrique
Leiria)



Jorge Velhote declamando "Poesia de Pantagruel"



Tiago Moita declamando o poema "A PELE DOS POEMAS"



Alexandra Bernardo (en)-cantando um poema de António
Ramos Rosa (acompanhada ao piano por Alberto Augusto
Miranda)

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

ARTE EM MOVIMENTO (ARAHNA LENA)


ARAHNA LENA

Port Folios (GEORGE PICHL)

UMA PEDRA É UMA PEDRA. DUAS PEDRAS, TRÊS
GEORGE PICHL

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

UM OLHAR NO PASSADO: O FILO-CAFÉ DE BRAGA (15-01-2005)

Nesta rubrica de regresso ao passado, relembro o magnífico (sem exageros...) Filo-Café de Braga, no Insólito Bar, a 15 de Janeiro de 2005, Sábado à noite. Guardo dele as melhores recordações e as melhores impressões (digitais), também porque foi o primeiro que assisti na vida e onde conheci dezenas de pessoas ligadas às artes de muitas partes do mundo.
O Filo-Café teve como tema TEATRO: AUTOR E PERSONAGEM, e debruçou-se, como o próprio título explica sobre temáticas em volta do mundo do teatro.
Ficam as fotos do evento, como testemunho das impressões retiradas desse fabuloso evento:
José Marques (Que cedeu gentilmente a Máquina Digital)

Alberto Augusto Miranda e Luísa Mota
Alberto Peixoto (interpretando "4,33" de John Cage)
José Carlos Teixeira Moita (MC - Mestre de Cerimónias)

Wiliam Galvão (Declamando um poema de
José Carlos Teixeira Moita)

Jorge Louraço (E a sua caixa mágica)
Jorge Louraço e Teixeira Moita (Localidades com o nome
"Nazaré")

António Pedro Ribeiro, Alberto Augusto Miranda e o
Vicente (indescritíveis)
Alberto Augusto Miranda (Otília e Carlos Marnoto, no 2.º
Plano Esquerdo)
José Miguel Braga - Professor Universitário de Artes Dramáticas
na Universidade do Minho (Dando a deixa para a aparição de Merlin)

Camilo Silva - Professor Universitário de
Artes Dramáticas da Universidade do Minho
(Ei-lo Merlin das Brumas do Brumário)

Alberto Augusto Miranda (Em contacto com Antonin Artaud)

Tiago de Vasconcelos e Moita declamando o poema "O ACTOR"

A actriz Isabel Fernandes Pinto (Contando
a Estória do Elefante)

Da esquerda para a direita: Alberto Augusto Miranda;
Vicente; António Cubales; Deborah Nofret e
Aurelino Costa

Tiago de Vasconcelos e Moita com Rui Apolinário (O autor
destas fotos)

António Pedro Ribeiro (Meditando sobre a liberdade)

Alexandra Bernardo (En-cantando)

Alberto Augusto Miranda (Dominando o piano)

Alberto Augusto Miranda e Aurelino Costa (preparando o
momento)
Aurelino Costa (Declamando Régio Regimento)
Aurelino Costa (Truca-truca-truca-truca...)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

LEMBRAR EUGÉNIO DE ANDRADE



Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos,
como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

Diz homem,
diz criança,
diz estrela.

Repete as sílabas
onde a luz é feliz e se demora.

Volta a dizer: homem, mulher, criança.
Onde a beleza é mais nova.

É na escura folhagem do sono
que brilha
a pele molhada,
a difícil floração da língua.

Música, levai-me:

Onde estão as barcas?
Onde são as ilhas?

Procura a maravilha.

Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.

No brilho redondo
e jovem dos joelhos.

Na noite inclinada
de melancolia.

Procura.

Procura a maravilha.

A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo

cintila,

a boca espera

(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)

espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar.

Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser

se a luz é tanta,como se pode morrer?

Sê tu a palavra

1.Sê tu a palavra,
branca rosa brava.

2.Só o desejo é matinal.

3.Poupar o coração
é permitir à morte
coroar-se de alegria.

4.Morre
de ter ousado
a água amar o fogo.

5.Beber-te a sede e partir
– eu sou de tão longe.

6.Da chama à espada
o caminho é solitário.

7.Que me quereis,
se me não dais
o que é tão meu?

Colhe todo o oiro
Colhe
todo o oiro do diana haste mais alta
da melancolia.

Ainda sabemos cantar,
só a nossa voz é que mudou:
somos agora mais lentos,
mais amargos,
e um novo gesto é igual ao que passou.

Um verso já não é a maravilha,
um corpo já não é a plenitude.
Nunca o verão se demorara
assim nos lábios
e na água
- como podíamos morrer,
tão próximos
e nus e inocentes?

Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargurados meus dias partidos um a um
- Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum

De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o êxtase do dia.

Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei ás romãs a cor do lume.

Húmido de beijos e de lágrimas,
ardor da terra com sabor a mar,
o teu corpo perdia-se no meu.

(Vontade de ser barco ou de cantar.)

Sê paciente;
espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.

Hoje roubei todas as rosas dos jardins
e cheguei ao pé de ti de mãos vazias.
À breve,
azul cantilena
dos teus olhos quando anoitecem.

Eram de longe.
Do mar traziam
o que é do mar:
doçura
e ardor nos olhos fatigados.

A raiz do linho
foi meu alimento,
foi o meu tormento.

Mas então cantava.

Às vezes tu dizias:
os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.

Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos.

Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.

Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.

É pouco,
mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.

Quando agora digo:
meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.

E no entanto,
antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.

O passado é inútil como um trapo.

E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus

Eugénio de andrade (1923 - 2005)

domingo, 30 de setembro de 2007

ADEUS "10CÍBEIS"

 


(Foto da cortesia da Patrícia Cardoso, 29.09.2007)

ADEUS "10CÍBEIS"

Existem princípios que não deviam ter um fim e o que aconteceu ontem à noite em São João da Madeira deveria ser uma excepção à regra. Depois de seis de actividade ininterrupta e inebriante, o 10Cíbeis Bar - o meu querido "10" - encerrou definitivamente as suas portas, colocando um ponto final a um capítulo glorioso na História da vida nocturna sanjoanense.

Para trás, deixou um role de memórias feitas de loucura, animação, sorrisos, lágrimas, beijos, gargalhadas, cerveja, vinho e muito rock n' roll. Um pequeno oásis de música alternativa e animação nocturna vanguardista onde pessoas das principais tribos urbanas do Rock (Punk's, metaleiros, góticos, etc.) e amantes do rock, do metal e da música alternativa (como eu) se reuniam, confraternizavam e trocavam gargalhadas, sorrisos, confissões e gritos de êxtase e orgulho, cada vez que os "Dj's" de serviço passavam as suas canções de eleição.

Para trás, deixou-me uma saudade mastigada pela frustração de ver partir o meu principal motivo para sair à noite em São João da Madeira. Se é verdade que só passei a ter uma verdadeira vida boémia em toda a minha vida a partir de 2003, devo-a toda ao "10Cíbeis". Não encontrei lá os músicos para fundar a banda de Rock alternativo dos meus sonhos, mas conheci pessoas extraordinárias, paixões fulgurantes, canções inebriantes que ainda hoje deambulam pela minha mente como cavalos selvagens cavalgando por uma pradaria sem fim, conversas disparatadas e muito animadas com risos e muita cerveja à mistura, bandas absolutamente fantásticas e deslumbrantes que me encheram de ânimo e de orgulho, enquanto sanjoanense e português, e uma poeta e amiga muito especial que mexeu com o meu coração e revelou através de um livro a minha vocação de escritor e poeta.

Jamais esquecerei as tuas noites, "10Cíbeis". Jamais esquecerei as noites em que descobri o som de bandas como os Meshuggah, os Opeth, os Mastodon, os Porcupine Tree, os Riverside ou os Gojira; jamais esquecerei as noites de Rock e de Metal do Rui Silva, do Fred, do "Gago", do Carlos e de tantos outros que por lá passaram e deixaram a sua marca no coração de todos aqueles que arranjaram uma (excelente) desculpa para sair de casa e libertar a adrenalina que fermentaram durante a espuma dos dias para despejar na dança, na música e na bebida até ao romper da madrugada. Jamais esquecerei os concursos de D.J'S, o "air guitar" improvisado dos amantes do Rock e do Metal, as "conversas com Joaquim Aletria" do Heitor e com o Edgar Pinho e o Dani Rangel, relembrando sketches dos Gato Fedorento, dos Monty Phyton ou do Herman José. Jamais esquecerei os teus festivais de Rock em 2002 e 2003 e as peças de teatro "Quando o homem parte" (2003) e "Quando o homem parte II" (2004) feitas pelo Vitó, o dono e principal animador daquele bar que, juntamente com o Paulo Pintor, geriram o bar como ninguém. Jamais esquecerei das noites alucinantes e verdadeiramente apalhaçadas do "Projecto Magalhães Lemos" e das noites em que escrevia poesia com a Sara Costa, a Juliana Leite ou o "Gago". Jamais esquecerei...

A partir de ontem, passaste à História, mas ficarás para sempre no meu coração.

Até sempre, 10Cíbeis!

Tiago Moita

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

UM OLHAR NO PASSADO: O FILO-CAFÉ BRUNO E BURMA

Realizado a 1 de Julho de 2006, o Filo-Café "Bruno e Bruma", no Clube Literário do Porto, foi um dos Filo-Cafés mais concorridos e participados de sempre! Esse Filo-Café foi realizado de modo a homenagear a vida e obra do célebre filósofo e jornalista portuense Sampaio Bruno.

Ficam aqui algumas fotos desse evento:

Numa amena tertúlia na Avenida dos Aliados - Porto



O público que assistiu ao Filo-Café "BRUNO E BRUMA"

A irmã de Alberto Augusto Miranda entre os presentes

A performance da Filipa Aranda


A declamação poética de Cruz Martinez
A declamação Poética de Rosanegra


Tiago Moita declamando o Poema "O Fogo dos Homens"
No Filo-Café "Bruno e Bruma"